domingo, 16 de maio de 2010

Chapinha x 'Vaziês'

Eu sempre combati a 'vaziês' dos cérebros, a futilidade, a mediocridade, as pessoas que defendem essa sociedade hipócrita e machista, a necessidade que alguns tem de aparecer além do próprio ser, mas acontece que dentre esse exército de criaturas a chapinha se tornou um símbolo característico. Meninas, meninos e pessoas em dúvida, todos aceitos pela moda do não-preconceito, agem alienadamente como se o calor da chapinha lhes tivesse derrotado os neurônios. Perderam o gosto próprio e vivem como se fosse robôs, esquecem quem são e existem em prol da felicidade alheia, queimaram a essência ou a essência era vazia.
O fato é, que a chapinha não é exclusividade dos seres alienados então me pergunto: "Por que um ser singular não pode ter auto-estima?" Isso tem me incomodado pois nos últimos tempos conheci várias pessoas novas, e algumas declararam admirar minha personalidade e criticaram o artefato alisador sem saber que o objeto está implícito na minha imagem. Eu, prontamente, venho defendendo-o, afinal espero que a boa impressão passada não se anule frente a descoberta, que na minha vida não faz tanta diferença.
Minha luta contra a 'vaziês' não nasceu junto com cabelos lisos, mas quase igualmente a crespice volumosa e a disseminada perda da singularidade me incomodam, luto contra os dois. Ter personalidade é aproveitar a melhor parte das coisas, seja música, beleza, política e tantos outros tópicos com discernimento e a intensidade certa. Aliás, a melhor parte das coisas é aquilo que te faz bem e sentir confortável.



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