"Tem uma moeda aí, tio?", pergunta um anjinho sujo na esquina enquanto o cidadão espera o sinal verde do cruzamento. Ceder a expressão ingênua de uma criança, ou financiar uma família com responsáveis-irresponsáveis: decisão rápida na mente do cidadão inocente.
De repente me vejo na pele desse tal cidadão e nos trinta segundos que me restam de sinal fechado, preciso decidir se a mão que saíra do bolso estará tilitando, cheia de moedinhas, ou fará um sinal de adeus, mais precisamente um "sai, sai". A expressão cansada da criança não me comove, muito menos desvincula da imagem de pais, que além de não trabalharem, ainda tiram a oportunidade de as crianças irem à escola, usam-nas, acabam com a esperança de um futuro melhor, para quem talvez sequer chegue lá.
Minha mão toma coragem, finalmente, sai do bolso: vazia, faz sinal de negativo (ou "sai, sai" interpretação a sua escolha!); o pequeno "trabalhador" entristece, decepciona-se ou até, apesar da pouca idade, infla de um ódio volúvel, "logo passa"; a mãe, ou pai, ali ao lado, gigolô da malandragem, irrita-se, me olha com orgulho e fúria "eu não preciso disso..." ; o sinal, então, abre; e eu arranco o carro com a mente limpa e a consciência de ser uma cidadã em ação, que não financia o desemprego, a exploração infantil, a evasão escolar, dentre outras imoralidades comuns do ser humano.
Thaiana, vá ser reporter do cqc!
ResponderExcluirContatos tu ja tem!
DHUASHDUIASHDUASHUIDUASIUDHUASIDASIU
Na boa, muito bom!
;@
redação da magda? aueahuehae
ResponderExcluiré, realmente, tá muito bom!
melhor texto do blog até agora.
ResponderExcluiradoreeei
ResponderExcluirConcordo com o texto. Muito bom. Beeijoss...
ResponderExcluirJá passei por esta situação algumas vezes e tomei a mesma decisão, pois não devemos financiar qualquer tipo de exploração infantil.
ResponderExcluirBjs do Pai para o "Bichocho".
Sylvio